A hemorragia cerebral é um episódio grave, que pode levar o paciente rapidamente a falecer, uma vez que precariza o fluxo sanguíneo e acarreta a inundação das células, podendo levá-las à morte, paralisando a atividade cerebral e, consequentemente, todas as funções do corpo.
Quando não é levado a óbito, o paciente tende a herdar do episódio sequelas importantes, que afetarão suas funções cognitivas e motoras. Essa condição é decorrente do papel central que o cérebro ocupa no sistema nervoso, responsável pelo ordenamento de todo o funcionamento do corpo humano.
Para desempenhar esse papel, o cérebro depende do sistema cardiovascular, que é responsável pelo transporte e entrega de oxigênio e nutrientes às células e tecidos. Esse transporte é feito através dos vasos sanguíneos. As artérias são responsáveis por levar esses nutrientes ao cérebro.
Quando uma dessas artérias sofre algum tipo de lesão, com consequente surgimento de hematoma nos tecidos cerebrais, em razão do sangramento e do acúmulo de líquidos, temos um episódio que tratamos por edema cerebral. Esse processo leva a um aumento da pressão, redução do fluxo sanguíneo e, consequentemente, à morte das células.
Esse distúrbio cardiovascular pode estar relacionado a uma série de causas, desde a hipertensão e aneurismas até a predisposição genética. Pode ser causado por um trauma cerebral ou uso de algumas drogas, assim como estar associado a determinadas doenças.
Sintomas da hemorragia cerebral
Alguns sintomas se assemelham ao AVC isquêmico, mas a hemorragia cerebral tem desdobramentos mais dramáticos, podendo acarretar, de forma súbita:
– Dores de cabeça intensas;
– Perda de consciência;
– Crises epiléticas;
– Dormência e formigamento pelo corpo;
– Perda de capacidade de coordenação motora;
– Fraqueza e letargia;
– Perda de equilíbrio;
– Náuseas e vômito.
Tratamento
As consequências do episódio podem levar o paciente a desenvolver problemas psicológicos, cognitivos e mecânicos diversos.
Em alguns casos, no entanto, o quadro é estabilizado de forma espontânea, com a estabilização da distribuição sanguínea no crânio. Em outros casos, em que os sintomas são agudos, o atendimento emergencial consiste, principalmente, em tentar garantir o restabelecimento da função das vias aéreas.
O tratamento emergencial busca a estabilização dos parâmetros vitais, a redução da pressão intracraniana e o reequilíbrio dos eletrólitos no sangue. Quando a hemorragia é causada por um aneurisma, que é o quadro de enfraquecimento das paredes arteriais, será necessário realizar uma cirurgia de emergência. Em casos de hipertensão, o distúrbio é controlado com medicamentos.
Dependendo do quadro, o tratamento pode envolver, de forma individual ou combinada, medicação, cirurgia, radiocirurgia e embolização.
Nos casos em que a hemorragia cerebral deixa sequelas neurológicas, a indicação é um tratamento transdisciplinar, que envolve, além do neurologista, a participação de psiquiatras, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e nutricionista. O foco é na recuperação gradativa das habilidades cognitivas e motoras do paciente, restituindo ao mesmo pelo menos parte das capacidades necessárias para levar uma vida normal.
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